Que impulso de dizer-te pátria, Porto:
O corpo amuralhado de granito,
cabelo d'água, à névoa, ao vento, exposto,
face esculpida em grito.
Braços de ferro, arqueados, desmedidos,
sobre o fluir dos barcos e do barro.
E um rumor antigo
na voz das tuas ruas e mercados.
Vestes de escuro e enfeitas-te de luzes
antes do Sol perder seu oiro pálido.
E das torres com sinos e com cruzes
acenas ao mar largo.
Bulícios de cafés (há mais de mil)
Entornam-te nas veias graça e fogo.
E o lírico torpor dos teus jardins
suspiros e repouso.
Que impulso de dizer-te pátria, Porto:
Coração não de Pedro, mas de pedra
com sangue fértil, vinho generoso
a gerar alma e terra.
O corpo amuralhado de granito,
cabelo d'água, à névoa, ao vento, exposto,
face esculpida em grito.
Braços de ferro, arqueados, desmedidos,
sobre o fluir dos barcos e do barro.
E um rumor antigo
na voz das tuas ruas e mercados.
Vestes de escuro e enfeitas-te de luzes
antes do Sol perder seu oiro pálido.
E das torres com sinos e com cruzes
acenas ao mar largo.
Bulícios de cafés (há mais de mil)
Entornam-te nas veias graça e fogo.
E o lírico torpor dos teus jardins
suspiros e repouso.
Que impulso de dizer-te pátria, Porto:
Coração não de Pedro, mas de pedra
com sangue fértil, vinho generoso
a gerar alma e terra.
António Manuel Couto Viana
Selecção de poemas de Dina Ferreira, Livraria Poetria
Foto Regina Meireles Guimarães
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